quinta-feira, 2 de junho de 2016

Porque há parcerias que fazem sentido....


Já há algum tempo que não publicamos... estamos a trabalhar para os nossos Associados!

E é exactamente por causa deles e por eles que hoje estamos aqui.

Na realidade, procuramos junto dos nossos parceiros encontrar vantagens para os nossos Associados, para que estes, para além dos nossos serviços, possam beneficiar de outros em melhores condições.

A primeira parceria que formalizámos foi com a Red Apple - Formação Contínua e Estudos Superiores. Uma parceria que muito nos honra. E porquê?

Bom, todas e as melhores razões são explicadas pelo testemunho da nossa Vice-Presidente, Sara Lobo, testemunho esse que reflecte tão bem o que todas sentimos....

Relembramos que os nossos Associados têm 10% de desconto em todos os serviços Red Apple. Aproveitem!

Helena Dantas
Presidente da Direcção

"Estaria a mentir se te dissesse que a mediação familiar mudou a minha vida. Talvez eu tenha começado a mudar a minha vida um pouco antes de a conhecer. Talvez tenha sido a mediação comercial e civil (curso que frequentei antes do de mediação familiar). Ou talvez não. Durante algum tempo pensei que fosse ter descoberto a mediação em si mesma. Mas cedo percebi que não. A verdade é que não foi a mediação em si mas a maneira como a aprendi. E isso devo-o ao destino (ou à sorte, o que lhe quiseres chamar, consoante no que acredites ou não). Foi ter conhecido a mediação como a conheci: através do espaço, da organização, dos meus colegas formandos e, em especial, dos meus formadores.
O espaço onde tive esse privilégio, é um espaço dinâmico que deixa fluir ideias e emoções sem obstáculos (que hoje sei que apenas existem dentro de nós). E esse espaço é físico mas compõe-se pelas pessoas que o constituem e o formam, que o organizam e fazem parte dele. Desde a simpatia com que sou recebida (presencialmente, por e-mail ou por telefone), até à disponibilidade, à adaptabilidade e à versatilidade. Todos estes factores levam a que os grupos de formandos se integrem e façam parte também desse espaço, criando-se grupos coesos e que permitem uma experiência de aprendizagem sem paralelo, podendo usufruir de uma componente prática forte e sem igual no nosso país.
E para que tudo isto seja possível, dirijo uma especial atenção aos formadores: sólidos, experientes, que partilham connosco as suas histórias, as suas técnicas, sem medos nem pruridos. Que se expõem como são. Que dão o melhor de si para podermos dar o melhor de nós. Que nos querem verdadeiramente ver voar e sermos profissionais de mérito e que, por isso, nos dão tudo o que têm. Que acreditam na mediação e em mediadores melhores que se constroem, que se cultivam, que se trabalham, por dentro e para fora. Numa formação constante que não termina dentro das horas ou das paredes das aulas. Levam-nos a conhecermos os nossos limites e a ultrapassá-los. Que experiência única: para nós que passamos por esta formação mas também para quem é mediado por nós que tem a vantagem de poder ser mediado por mediadores consistentes com técnicas que os levarão, também a eles, mais longe.
Sei que se tivesse aprendido o que é a mediação com outras pessoas, se me tivessem sido transmitidos outros ou os mesmos conhecimentos mas de outra maneira, a minha história não seria a que conto hoje. Por certo menos cheia, menos completa, menos sólida, menos forte, menos competente.
Como já tive oportunidade de transmitir à Red Apple, faço-o novamente: Obrigada Red Apple, por proporcionar estas viagens incríveis.
Sara Clode Lobo"

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Mediamus - Associação para a Família


Hoje venho contar-vos uma história…. Vou directa ao fim, porque não vos quero maçar muito.

Quando Rosa chega à praia vê ao longe uma senhora que aparentava ter muita idade. Deslocava-se com muita dificuldade, movimentava-se lentamente e conseguia-se perceber que sentia muitas dores quando o fazia. O que chamou a atenção de Rosa foi ver que, a cada passo, a “velhinha” inclinava-se sobre a areia, apanhava algo que atirava logo de seguida ao mar. Rosa percebeu então que a praia estava cheia de estrelas do mar: nunca tinha visto tantas!!! Eram milhares. Rosa foi-se aproximando cada vez mais da “velhinha”: a cada pequeno passo a senhora baixava-se, contorcendo-se provavelmente das dores, apanhava uma estrela do mar e atirava-a com todas as suas forças, o mais longe que podia, para dentro da água. Rosa achou aquilo ridículo: que sentido podia fazer apanhar cada uma das estrelas do mar e atirá-las à água? Eram tantas!!! Seria impossível salvar todas… e desatou a rir!! Que parvoíce!! Ainda por cima, mal se podia mexer. Rosa decidiu, então, dirigir-se àquela senhora para lhe por juízo na cabeça. O que ela estava a fazer era absurdo no entender de Rosa. Ao aproximar-se da “velhinha” Rosa perguntou:

- O que acha que está a fazer? A senhora mal de pode mexer e está a ter este trabalho todo só para salvar a vida a meia dúzia de estrelas do mar. Estão aqui imensas. Pare lá com isso ou acha que vai fazer alguma diferença?

A senhora levantou a cabeça da areia muito lentamente, fechou os olhos, sentiu o vento leve a mexer-lhe nos cabelos, brancos, curtos, gastos, respirou fundo como se quisesse inspirar todo o cheiro do mar de uma só vez, voltou a inclinar-se sobre a areia, muito devagar, como se sentisse os ossos do seu corpo a partirem-se, apanhou uma estrela do mar, olhou para Rosa e respondeu:

- Para esta faz! – e lançou mais uma estrela ao mar!

No passado dia 9 de Março nasceu a Mediamus – Associação para a Família. Este projecto, sonhado e há muito desejado, tem, fundamentalmente, por missão ajudar as famílias a resolver os seus conflitos, sobretudo através da mediação familiar. Tem também em vista divulgar e promover a mesma cultura de diálogo junto das escolas, através da mediação escolar. Afinal de contas, não se consegue falar de família sem se falar também de escola, nem de escola sem se pensar nas famílias.

A Mediamus foi, assim, a forma que encontrei para abrilhantar a minha vida, fazer o bem, percorrer um novo caminho, um caminho que só podia estar ligado à Família, porque é ela que dá sentido à minha vida.

Para percorrer este caminho comigo escolhi as melhores pessoas… e a cada uma delas agradeço a confiança, a motivação, o bem querer, o darem tanto e receberem tão pouco!!!

Somos uma verdadeira equipa, da qual me orgulho profundamente.

Tenho a certeza que, juntos, vamos conseguir ajudar a salvar muitas estrelas do mar!

Helena Dantas
Presidente da Direcção

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Tatuagens psicológicas de pais em filhos

Tatuagens psicológicas de pais em filhos
 
A relação conjugal e parental que desenvolvemos tem sempre, em maior ou menor dimensão, um efeito espelho nos nossos filhos. Se uma criança crescer a ouvir gritos e ofensas, será essa a linguagem que identificará como sua e que replicará no futuro, podendo comprometer o sucesso das suas relações futuras. Muitas vezes, subvalorizamos este impacto na vida das crianças que criamos. Os pais e os educadores têm o dever de proporcionar um ambiente tranquilo às crianças, que as permita desenvolver um crescimento saudável.

A relação conjugal deve ser em parte separada da relação parental. As crianças não devem presenciar as discussões dos pais, e estes devem tudo fazer para não permitir que as dificuldades da sua relação afetem a relação que ambos, individualmente e em conjunto, têm com os filhos. As crianças devem crescer num ambiente onde exista comunicação, e em que as discordâncias sejam discutidas de uma forma harmoniosa e esculpida pelo respeito mútuo.

Muitas vezes, as dificuldades de integração e o insucesso escolar das crianças são resultado de um mau ambiente familiar. Esta situação é transversal a todas as classes sociais. As crianças assumem culpas que não têm, nomeadamente pelo insucesso da relação conjugal dos pais, e este peso faz com que o seu foco deixe de estar na escola e no grupo de amigos como seria natural e desejável.

Não estando as crianças providas de defesas para estes pesos adultos, podem não ser capazes de os gerir e entrar em estados de patologia, nomeadamente depressão infantil.

O divórcio é uma das situações em que o equilíbrio emocional da criança mais é afetado, por sentir que deve tomar partido ou por ser instrumentalizada no conflito entre os pais. A distância entre a relação conjugal e a relação parental é nestes casos um dos fatores que mais pode contribuir para o saudável desenvolvimento da criança. Importa assumir que do ponto de vista conjugal a família acabou, mas que do ponto de vista parental a família da criança se mantém. Os pais têm o dever de não lhes roubar esta realidade.

Ainda assim, uma relação conjugal que não termina, mas que se arrasta tóxica e autodestrutiva, pode ter efeitos tão ou mais negativos no bem-estar da criança do que um divórcio.
As crianças devem ser ensinadas a lidar com a dor, com as frustrações, com as alegrias e com as euforias de forma real e positiva. As tatuagens psicológicas dos pais, pelo contrário, condicionam-lhes o futuro.

A Mediação de Conflitos Familiares pode constituir o suporte e o apoio de que os pais necessitam para melhor gerir os seus sentimentos, e assim melhor contribuir para o crescimento saudável e harmonioso dos seus filhos.


Eunice Correia

Fevereiro de 2016

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Ouvir Vs Escutar


Há uns dias perguntava eu a uma criança: sabes o que é escutar?  Do lado de lá da pergunta sem atrapalhações e com rapidez: “então, escutar é ouvir com muita atenção e com o coração”.  Continuei a “inquisição” e perguntei-lhe “então e ouvir o que é?” Novamente uma resposta pronta: “é o contrário de escutar, e, sabes, quem ouve fica sempre sem saber a melhor parte do que estou a contar”.

De facto, esta criança tem toda a razão: o que se perde quando se ouve em vez de escutar é quase sempre o mais importante, é o que clarifica o diálogo, o que apazigua as incertezas, mas sobretudo é o que permite manter um diálogo sem ruído, claro e transparente, que afinal permite-nos evitar o conflito com o outro.

Há quem diga que saber escutar é uma arte, eu não acho. Na realidade entendo que quando nos predispomos a escutar o outro, o processo de escuta é simples e que se resume de forma simples nisto: escutar é ouvir o outro com atenção, com o coração e compreensão.

Tomando isto como regra essencial da nossa vida, vamos aos poucos afastando a conflitualidade, e passamos a vivências de relações pessoais, profissionais ou outras mais completas, mais equilibradas e mais satisfatórias.

Na mediação de conflitos o processo de escuta é fundamental, pois, permite limpar os ruídos de um “ouvir” encaminhando quem está em conflito para um “escutar”, que permite uma comunicação mais transparente e mais rica que conduz a um diálogo mais produtivo.

Quando a comunicação se transforma em verdadeiro diálogo as partes passam a conseguir trabalhar o seu conflito, procurando de forma activa uma resolução para o mesmo.

A resolução do conflito que parte do verdadeiro diálogo entre as partes é uma resolução pensada e sentida e duradora e é transformadora de cada um individualmente, abrindo o caminho a uma nova perspectiva de vida mais conciliadora e menos conflituante .

 Branca Corrêa
 
 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Já chegámos ao Parque das Nações....


Boa tarde a todos.

A Mediamus já chegou ao Parque das Nações…. E a Mediação Familiar também!!
 
 

A Clínica Pequenos Grandes Doutores, em parceria com a Mediamus, passou a oferecer aos seus clientes os serviços de Mediação Familiar.

A Clínica Pequenos Grandes Doutores foi pensada para dar resposta às necessidades da Família: criou, num só espaço, a possibilidade do cliente recorrer a vários serviços e especialidades, quer para a criança, quer para o adulto, evitando, deste modo, várias deslocações, perdas de tempo, longas filas de trânsito, stress…..

Para comodidade de toda a família, a Clínica Pequenos Grandes Doutores está desenhada e decorada de modo a criar um ambiente moderno, agradável, seguro, confortável e descontraído. Assim, para os pequenos pacientes, ir ao médico é mais uma diversão que algo a evitar.

A Clínica Pequenos Grandes Doutores fica na Rua Nova dos Mercadores 3.06.01.N - Parque da Nações - 1990-179 Lisboa (Telef: +351 218942050 / 916894510 / 964823984)

E-mail: info@pequenosgrandesdoutores.com


Agora também com Mediação Familiar!!!
 
 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Nova Mediadora na nossa equipa.....

Bom dia amigos e seguidores,

Vimos, uma vez mais, trazer-vos uma grande novidade….

Temos mais uma mediadora na nossa equipa… e estamos muito orgulhosos!!!

A Dra. Cátia Feiteiro Lopes é advogada, formadora, mediadora de conflitos civis e comerciais e, muito em breve, mediadora familiar. Faz mediações, sobretudo, em Oeiras, mas também em Lisboa.



Bem vinda Cátia!!!

Podem ser objecto de mediação os litígios em matéria civil e comercial que, enquadrando-se nessas matérias, respeitem a interesses de natureza patrimonial e ainda os que, embora não envolvam interesses de natureza patrimonial, a lei permita que as partes possam celebrar um acordo.

São exemplos de situações que podem ser levadas à mediação os seguintes:

- Relações de vizinhança e de condomínio;
- Posse, usucapião, acessão e divisão de coisa comum;
- Relações entre senhorios e arrendatários;
- Responsabilidade civil contratual e extra-contratual;
- Dívidas civis e comerciais;
- Questões relacionadas com sociedades comerciais (cessões de quotas, compra e venda de acções, alterações contratuais, etc).

Caso tenha um problema que não se enquadre nas situações-exemplo acima e que tenha dúvidas se pode ou não recorrer à mediação, não hesite: contacte-nos!!! Dar-lhe-emos todos os esclarecimentos que necessitar.

Agora também em Oeiras…. Com a nossa Cátia!


Abracinhos para todos!!!


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Devagar, devagarinho... e Portugal dá mais um passinho - Novo Regime Geral do Processo Tutelar Cível

O passinho?
Entrou em vigor o Regime Geral do Processo Tutelar Cível (Lei n.º 141/2015, de 8 de Setembro). Finalmente, um regime que releva expressamente a figura da mediação familiar.

Como?
Este regime é aplicável às providências tutelares cíveis e respectivos incidentes, nos quais se incluem a regulação do exercício das responsabilidades parentais e o conhecimento das questões a este respeitantes.
Um dos princípios orientadores deste novo regime é o princípio da consensualização, isto é, esta nova lei prevê que os conflitos familiares deverão ser preferencialmente dirimidos por via do consenso, com recurso à audição técnica especializada ou à mediação.

Quem?
Pautando-se por aquele princípio orientador, este regime determina não só que o juiz pode ordenar, sempre que entenda conveniente, a mediação das partes, como que os próprios interessados podem requerer a intervenção dos serviços públicos ou privados de mediação, independentemente da fase em que se encontrar o processo.
E, estando satisfeito o interesse da criança, o juiz homologará o acordo obtido por via da mediação.
No entanto, para que tudo isto aconteça, é necessário que o juiz informe as partes sobre a existência e os objectivos dos serviços de mediação familiar.
Assim, neste momento, esperamos que a informação sobre a mediação familiar chegue a quem interessa (juízes, magistrados do ministério público e partes nos processos), e que seja consistente e fidedigna.

O quê?
A mediação familiar é um meio de resolução de conflitos familiares, fora do Tribunal, através do qual as partes envolvidas são ajudadas pelo mediador que facilitará a comunicação entre as partes envolvidas. Na mediação, as partes celebrarão um acordo com as cláusulas que melhor entenderem adequadas à sua família. Porque cada família é única nem sempre se mostram adequadas soluções padronizadas aplicadas por terceiros que não tiveram oportunidade de conhecer a fundo cada família e a sua dinâmica.
Mesmo fora do Tribunal, a mediação (e, claro está, o mediador) está sujeita aos princípios da voluntariedade, confidencialidade, igualdade e imparcialidade, independência, competência e responsabilidade, e executoriedade.
Mais ainda. O mediador de conflitos está certificado para exercer a profissão, isto é, para ser mediador de conflitos é necessário ter formação realizada por entidade formadora certificada pelo Ministério da Justiça.
Ora, após aquela certificação, o seu mediador de conflitos pode exercer mediação privada e/ou estar inserido no sistema público de mediação (serviços de mediação criados e geridos por entidades públicas). Pode consultá-lo aqui:  http://www.dgpj.mj.pt/sections/gral/mediacao-publica

Porquê?
Por que, sem dúvida, a mediação é a melhor opção!

Sara Clode Lobo